Educação do Campo de Mairi é contemplada com mais um “Baú de Leitura”

“Planejar é decidir de antemão, qual é e como será sua vitória”, Rhandy di Stefano. Dessa forma, que o Movimento de Organização Comunitária (MOC), em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Secretarias municipais de Educação, Movimentos socais e Sindicais do Campo realizou nos dias 28 e 29 de março, em Feira de Santana, o I Encontro com as Coordenações Municipais da Educação do Campo Contextualizada (CAT/BAÚ DE LEITURA) e Sociedade Civil, com objetivo de avaliar e aprofundar conhecimentos sobre a Educação do Campo e a metodologia do Conhecer, Analisar e Transformar (CAT) a partir do estudo sobre temáticas da Ficha Pedagógica, a construção da Ficha Pedagógica e estudos e construção do Planejamento para o ano de 2019. A Educação do Campo de Mairi, foi contemplada com mais um baú de leitura através dessa formação.

Após a dinâmica de interação e apresentação, que abrilhantou o dia, o primeiro momento buscou conhecer a realidade, por meio de avaliação das ações realizadas, a inserção da Educação do Campo nas Jornadas Pedagógicas e os processos de Construção das Fichas Pedagógicas, com a condução de Daiane Santos (MOC) e Nelmira Moreira (UEFS), que lembram com aos municípios do último encontro de Coordenações, das Jornadas Pedagógicas, das construções de Fichas, realização de oficinas e ações da Sociedade Civil, como os Fóruns da Sociedade Civil e outras ações.

Logo em seguida, analisaram a realidade, aprofundando conhecimentos sobre história, cidadania e direitos humanos na perspectiva do Semiárido, buscando ampliar e qualificar as Fichas Pedagógicas já construídas com conhecimentos sobre história, cidadania e luta por direitos no Semiárido, contribuindo com temáticas da Ficha Pedagógica, com a colaboração do professor Jorge Nery Santana.

“Como diz Frei Beto deixemos o pessimismo para outros tempos. Precisamos compartilhar essas histórias de lutas do Semiárido, é muito significativo. É importante que as crianças e adolescentes conheçam essas histórias, as memórias dos lugares que vive, pois percebe-se que essas memórias têm vidas quando resgatamos e está relacionadas com nossas vivências e realidades”, destacou Jorge Nery.

Na parte da tarde tiveram trabalho em grupos sobre ‘Estudos Comparativos e Colaborativos das Fichas Pedagógicas’, a partir da retomada do roteiro: O que acrescentou em cada Ficha, o que melhorou? Socializando na plenária e gerando debate coletivo e construtivo.

Houve também a noite cultural com relançamento da 2ª Edição do Livro: Sementes de Educação Contextualizada e a exibição do vídeo: “O Menino que Descobriu o Vento”, o filme foi: “Inspirado por um livro de ciências, um garoto constrói uma turbina eólica para salvar seu vilarejo da fome. Baseado em uma história real.”, podendo retirar uma reflexão de resistência e insistência no que acredita, além de retratar da importância do trabalho no coletivo, da construção participativa em terras onde os direitos são negados.

O segundo dia de encontro, seguiu à luz do transformar a realidade. Por meio da compreensão da diferença entre Planejamento X Encaminhamentos e realização do Planejamento da Educação do Campo nos municípios a partir da situação que precisam melhorar (planejar, estudos, oficinas, seminários, visitas e ampliação da ação) iniciando com busca de boas relações humanas mais saudáveis e sustentáveis.

Por isso, houve uma Roda de diálogo sobre desenvolvimento humano, reflexões sobre saúde psicológicas de educadoras/es e educandas/os com a corroboração da professora Jussara Secondino. Como ainda um momento de leitura circulada do resumo do texto “Exercendo a Arte de Planejar através do Planejamento Estratégico Situacional”, estudo e aprofundamento sobre a importância do Planejamento, diferenciando de encaminhamentos com contribuição de Daiane Santos.

E finalizando com trabalhos em grupos, a partir de uma planilha para fazer o Planejamento mais Estratégico para a Educação do Campo nos municípios, com três grupos com coordenações e dois grupos com sociedade civil, depois foi socializado em plenária os Planejamentos.

Fonte: MOC